A programação iniciou pela manhã, com palestras voltadas às oportunidades no universo digital, estratégias de marketing e aprimoramento do atendimento ao cliente. À tarde, os participantes se dividiram em oficinas práticas e temáticas nas áreas de vitrinismo, cerâmica e bordados manuais. Durante o dia, também foram oferecidos atendimentos para emissão e renovação da Carteira do Artesão, com a possibilidade de inclusão de novas habilidades.
O coordenador do Departamento de Promoção do Desenvolvimento Social da FGTAS, Denis Costa, falou sobre a importância do documento, que garante benefícios como isenção de ICMS, inclusão no Portal do Artesanato Gaúcho, emissão de nota fiscal eletrônica, acesso ao INSS e participação em feiras e editais.
— Desde 2015, o artesanato é reconhecido como profissão. Esse documento valida a atuação dos artesãos em todo o país — destacou Costa. — Nunca é demais lembrar que o artesanato não é apenas produto, mas também memória, cultura e afeto — completou.
Outro destaque da programação foi a palestra do consultor de vendas da empresa Inovap, Joelton Nunes, que abordou a valorização das peças artesanais.
— O que vendemos é sentimento, emoção, amor. Uma peça artesanal é criativa, diferenciada, cheia de detalhes. Precisamos saber como expressar isso ao consumidor — afirmou.
Para Luiza Regina da Silva, presidente da Associação de Artesãos de Roca Sales, o encontro foi uma oportunidade ímpar de fortalecimento coletivo:
— É algo que nos inspira, fortalecendo o artesanato como expressão de identidade, tradição e geração de renda — declarou. Atualmente, 18 artesãos integram a feira semanal do município.
Entre as autoridades presentes estavam o diretor-presidente da FGTAS, José Scorsatto; o gerente adjunto da Emater/RS-Ascar, Carlos Lagemann; a secretária de Assistência Social e Habitação de Roca Sales, Sílvia Prade Vuaden; e o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Koste. Os discursos enfatizaram o papel do artesanato na reconstrução emocional da comunidade, que ainda enfrenta as consequências das enchentes de maio de 2024.
— Esta é uma forma de abraçar e acolher uma comunidade que muito sofreu neste último ano — comentou Lagemann.
Ele também elogiou a atuação da extensionista social da Emater/RS-Ascar, Leandra Bagatini, lembrada por Nivaldino Brino, tesoureiro do STR Roca Sales, pelo papel histórico e social do artesanato, especialmente no empoderamento feminino.
— Para muitas famílias, o artesanato simboliza a emancipação da mulher, com geração de renda, qualidade de vida e valor cultural. É também terapêutico — reforçou.
O seminário foi realizado em parceria entre a Prefeitura Municipal de Roca Sales, por meio da Coordenadoria de Eventos, Cultura e Turismo; Emater/RS-Ascar; e Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), com apoio da Associação de Artesãos de Roca Sales, Sicredi, empresa Inovap e Amturvales.
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