Primeira Turma do STF forma maioria para manter prisão de Bolsonaro

 

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Foto: Agência Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria, nesta segunda-feira (24), para manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram pela manutenção da detenção. A ministra Cármen Lúcia ainda tem até as 20h para apresentar seu voto.

Bolsonaro está preso desde sábado (22), na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, após tentar violar sua tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. Na audiência de custódia, ele admitiu o ato e alegou “paranoia” causada por medicamentos.

Moraes, responsável pela decisão que determinou a prisão, citou ainda a vigília convocada por Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. Para o ministro, a movimentação poderia facilitar uma tentativa de fuga.

No voto escrito, Flávio Dino afirmou que o ato representava “ameaça à ordem pública” e mencionou recentes tentativas de fuga de aliados, como a do deputado Alexandre Ramagem, condenado no mesmo processo.

Zanin acompanhou integralmente o relator. A defesa de Bolsonaro atribuiu o episódio a “confusão mental”, mas teve novamente negado o pedido para prisão domiciliar humanitária.

Em setembro, Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma organização criminosa armada para tentar um golpe de Estado após a derrota eleitoral de 2022. Os primeiros recursos da defesa já foram rejeitados, e o prazo para novos embargos termina ainda nesta segunda-feira.

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